Como é sabido, a maioria dos marítimos que participou da última consulta decidiu pela formalização do estado de greve. Sendo assim, os Sindicatos Marítimos estão propondo uma paralisação progressiva – que passa a ser denominada como Operação Torniquete – com o intuito de dar oportunidade às empresas de reverem suas posições em relação às reivindicações consideradas prioritárias neste momento.
A Operação Torniquete está prevista para iniciar-se no dia 10 de maio, após a Assembleia Geral Extraordinária conjunta que ratificará as decisões emanadas de bordo, no dia 4 de maio, na sede da Federação Nacional dos Trabalhadores em Transportes Aquaviários e Afins – FNTTAA. Durante o período em que ocorrerá o movimento, ao longo de 30 dias, a tripulação adotará, progressivamente e de acordo com a ordem que for definida, dez procedimentos diferentes.
Para decidir como se dará a adesão a estes procedimentos, entre os próximos dias 25 de abril e 2 de maio, cada navio realizará sua votação a bordo. Caso a maioria decida pela adoção da Operação Torniquete, o Comandante, ou o tripulante por ele designado, estabelecerá junto com a tripulação em que ordem os dez itens previstos para a greve serão adotados pelo navio, comunicando-os ao CONAMO.
O processo de votação a bordo será divulgado em breve, mas o SINDMAR, em nova Mensagem Circular enviada aos seus representados e representadas vinculados à Petrobras e à Transpetro, nesta segunda-feira, 18 de abril, antecipou os principais pontos desta votação, além de explicar como funcionará a Operação Torniquete, detalhando os dez procedimentos a serem adotados.
Vale ressaltar que, como o cumprimento integral dos dez itens levará pelo menos um mês, haverá tempo suficiente para as empresas refletirem e reconsiderarem seus posicionamentos, assim como, sendo o caso, os tribunais poderem julgar a greve, e o dissídio coletivo consequente, com pleno conhecimento das razões e motivações que levaram ao movimento.
Juntos somos mais fortes!
UNIDADE e LUTA!