Uma mensagem enviada pela Transpetro aos seus empregados marítimos, na noite de ontem (17/05), após a audiência de conciliação sobre a greve iniciada no sábado passado (14/05), realizada no Tribunal Superior do Trabalho (TST), chamou a atenção pela maneira distorcida como os resultados desta reunião foram expostos, a começar pelo título – “Audiência de Conciliação no TST garante aceitação pelas entidades sindicais da proposta da Transpetro” – e seguindo com informações que não correspondem ao que foi consensuado pelas partes.
Recordando que a última proposta da Transpetro foi enviada em 22 de março passado e rejeitada pela maioria dos marítimos, em consulta realizada pela Organização Sindical Marítima, a mensagem da Transpetro deturpa a redação das cláusulas de segurança no emprego e escamoteia os significativos avanços em relação à vigência do Acordo Coletivo de Trabalho e ao compromisso de realizar, dentro de 120 dias a partir da assinatura do ACT, um estudo visando à mudança para o regime de repouso 1×1, ainda este ano.
Diante do que parece quase uma provocação, o Comando Nacional de Mobilização enviou novo comunicado a todos os trabalhadores marítimos da Transpetro, nesta quarta-feira, 18 de maio, rebatendo a referida mensagem e apontando as inverdades e distorções contidas nela. O comunicado reproduz, também, a matéria oficial produzida pela Secretaria de Comunicação do TST, publicada no site do órgão, que por si só, confronta a mensagem deturpada da Transpetro.
Além disso, como o TST deu prazo de 15 dias para que o ACT seja firmado, o Conamo informa que as visitas aos navios continuarão a ser realizadas, ainda que com menor intensidade, até que se chegue à conclusão desta negociação.
É importante ressaltar que todo este desgaste poderia ter sido evitado, se a empresa tivesse compreendido a conveniência, propriedade e oportunidade de conceder aos marítimos estes avanços, justos e necessários, durante a negociação que se arrastou nos últimos meses devido à postura intransigente da Transpetro. Foram necessárias a decretação de greve e a negociação arbitrada pela Ministra do TST, Kátia Magalhães Arruda, com a assistência de representante do Ministério Público do Trabalho, para que fossem atendidas as principais reivindicações pleiteadas pelos marítimos.
Diante de todo o exposto, o Comando Nacional de Mobilização se mantém alerta e incentiva a todos os marítimos da Transpetro a permanecerem atentos, até que a importante vitória conquistada ontem, no TST, esteja devidamente confirmada pela assinatura do ACT.
Leia, na íntegra, a Mensagem Circular do CONAMO .
O futuro que queremos depende da participação de todos!
UNIDADE E LUTA!
JUNTOS SOMOS MAIS FORTES!