Mais de 150 oficiais e eletricistas vinculados à Transpetro participaram, por videoconferência, de reunião com a diretoria do Sindmar nessa quarta-feira, 18 de novembro. A reunião começou destacando o resultado da consulta feita pela Conttmaf aos marítimos, em que a maioria dos que se manifestaram apoiou movimento de mobilização objetivando uma greve.
Durante quase quatro horas, os marítimos expuseram a indignação que cresce a bordo dos navios, registrando desejo de apoiar ações em busca de isonomia no ACT, numa empolgante demonstração de motivação e unidade. Em depoimentos ao vivo ou por meio do chat, oficiais e eletricistas – entre eles experientes marinheiras e marinheiros – afirmaram ser inaceitável a conduta discriminatória da Transpetro.
Em seguida à reunião, o Departamento de Acordos do Sindicato recebeu dezenas de e-mails de representados que fizeram questão de registrar sua indignação contra a postura desrespeitosa que a Transpetro vem adotando tanto nas negociações do acordo coletivo de trabalho quanto no Programa de Desligamento Voluntário – PDV.
A seguir, algumas mensagens que o Sindmar recebeu:
Bom dia!
Diante de tudo que tem acontecido, da postura que a empresa tem adotado nas negociações de acordos coletivos, não há como não se sentir humilhado e desvalorizado como pessoa e como profissional. Além de tudo isso não vejo perspectivas de que algo mudará num futuro breve.
Aqui no navio onde trabalho é praticamente unânime a sensação de insatisfação com o posicionamento que a empresa tem adotado nas negociações e é difícil acreditar que há alguém em condições de embarque que não esteja se sentindo da mesma maneira.
A minha resposta para tudo que foi apresentado nas negociações é pela NÃO aceitação do acordo e por lutar juntos por melhorias reais e respeito para com os marítimos nas negociações futuras.
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Prezados,
Gostaria de deixar registrada a minha insatisfação com a forma como a empresa está agindo para que seja aprovado o acordo coletivo em que nossa categoria não terá nenhum ganho significativo e estará sujeita a uma cláusula de garantia de emprego que não garante nosso emprego.
A empresa no último acordo já utilizou dessa ameaça de impor a CLT para forçar a assinatura do acordo. Como nessa ocasião a situação era diferente e tínhamos o indicativo de SIM do sindicato, o acordo passou.
No entanto, dessa vez é muito diferente e não podemos deixar que a empresa ganhe com esse tipo de pressão. Merecemos respeito e, se a empresa ganhar, o que seria do marítimo nos próximos anos? Será sempre a mesma pressão até não sobrar nada e nem forças para reagir.
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Bom dia.
Gostaria de expressar minha indignação com o tratamento que a Transpetro tem dado aos seus funcionários e com essa proposta absurdas do ACT referente a garantia de emprego.
Acredito que podemos melhorar o valor do nosso vale-alimentação, que está muito abaixo do mercado.
O nosso aumento salarial deve ser aplicado também na RMR. Caso contrário, não teremos ganho nenhum.
Estou disposto a lutar por nossos empregos.
Gostaria de parabenizar o Sindimar pela reunião de ontem e dizer que para o nosso movimento dar certo é extremamente importante a participação dos administradores de bordo, CMT, IMT e CFM.
Juntos somos mais fortes, vamos à luta!
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Não concordo com o AIT e também a assinatura da última proposta do ACT. A cláusula de garantia de emprego necessita ser revisada e exigimos o tratamento isonômico com as demais categorias do sistema Petrobras. Sendo assim, caso a empresa não faça essa mudança na cláusula, não vemos outra opção a não ser responder com mobilização para garantir nossos empregos e o mínimo de respeito.
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Bom dia!
Informo que me coloco à disposição para mobilização que será orientada pelo Sindmar.
Registro aqui minha insatisfação com o tratamento discriminatório que a Petrobras e a Transpetro estão oferecendo para nós marítimos, em relação ao pessoal de terra.
A cláusula de garantia de emprego necessita ser revista e exige tratamento isonômico com as demais categorias da do Sistema Petrobras.
Além de discriminação, cito ainda a falta de dignidade e de respeito na forma em que estão nos tratando.
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Prezados, bom dia!
Venho por meio deste, demonstrar minha insatisfação e indignação perante a última proposta de ACT 2020/2021 enviada pela Transpetro para o seu quadro de mar, tendo em vista que a mesma apresenta cláusula discriminatória referente à GARANTIA DE EMPREGO, pois existe diferença em relação ao ACT assinado com o quadro de terra. A cláusula apresentada não nos garante efetivamente o nosso emprego para o período de vigência do acordo, dando margens a interpretações de acordo com os interesses da empresa.
Infelizmente, a Transpetro sempre usa de artifícios para fazer com que seus empregados atendam seus interesses, tal como oferecer pagamentos extras para a assinatura do acordo. E, depois, não cumpre nem o que acordou.
Diante do cenário e da atitude discriminatória da empresa, não nos resta outra alternativa a não ser apoiar a mobilização a fim de sinalizar para a Transpetro que não somos massa de manobra e merecemos respeito. Não é ÉTICO atacar a instituição do Comando como tem sido feito nas últimas semanas no intuito de pressionar as lideranças de bordo.
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Prezados,
Deixamos aqui nosso protesto de indignação para com a TRANSPETRO, sendo verificado o total desrespeito e desconsideração aos homens e mulher do mar.
Somos dignos de respeito e tratamento igual. Quero a revisão da cláusula de garantia de emprego aos moldes do ACT da Petrobras Terra e estou disposto a lutar por isto. Respeito e dignidade.
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ESTADO DE GREVE
Após essa reunião, não vejo outra saída para a situação.
Devemos ir à luta.
Mensagem simples, mas clara.
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Prezados
Venho através deste e-mail manifestar minha insatisfação contra a cláusula “Não Garantia de Emprego” do ACT, imposta pela Transpetro.
Manifesto disposição para mobilização.
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A cláusula de emprego deve ser revisada e tratamento isonômico perante as demais categorias do sistema Petrobras. Por esse motivo, NÃO concordo com a proposta ofertada pela Transpetro.
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Apoio pela greve.
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Eu, xxx, Matrícula xxx, Eletricista, venho informar que estou pronto para seguir o sindicato e sou SIM para a greve.