Dentro de 15 anos, a tecnologia marítima deverá criar processos e operações por meio de uma combinação de vários ramos da Ciência que irão transformar consideravelmente o design dos navios. A informação foi divulgada no relatório Global Marine Technology Trends 2030, da Lloyd’s Register (LR).
A LR é uma sociedade classificadora que estabelece padrões ambientais e de segurança para o design, construção e operação de embarcações. O relatório, emitido após um trabalho em cooperação com a Universidade de Southampton e a empresa QuinetQ, especializada em segurança e defesa, avalia o impacto de dezoito tecnologias que vão influenciar, não apenas o design de navios, mas também o poder naval e o uso do espaço oceânico. São elas: sensores; robótica; propulsão/geração de energia; processamento de dados; desenvolvimento de navios inteligentes; tecnologia avançada de materiais; tecnologia avançada de fabricação; sistemas autônomos; construção naval; geração sustentável de energia; gerenciamento de energia; captura/armazenamento de carbono; biotecnologia marítima; guerra robótica/eletrônica; mineração oceânica; interação humanos/computadores; comunicação; e aumento do potencial humano.
A LR foi o parceiro principal no relatório no que diz respeito à navegação comercial e, nesta área, as tecnologias mais importantes serão: processamento de dados, robótica, propulsão e geração de energia, sensores, navios inteligentes, materiais avançados e tecnologias relacionadas à comunicação. O relatório mostra cenários com navios que usam a tecnologia TechnoMax, considerando quatro grandes setores do mercado marítimo: graneleiros, conteineros, petroleiros e gaseiros. As perspectivas não são apenas conceituais, mas indicam o potencial de consumo máximo de tecnologia, relevante quando se trata desses setores.
Segundo o relatório, os navios TechnoMax serão mais inteligentes, orientados por grandes bancos de dados. Além disso, terão opções flexíveis de gerenciamento e distribuição de energia a bordo, causando menos impactos ambientais. Eles exigirão algumas mudanças fundamentais em aspectos como os de construção, design, gestão da cadeia de fornecimento e operação, e serão produzidos por construtores navais que dominam níveis de tecnologia avançados. Os navios tendem a ser encomendados e operados por armadores interessados em aumentar sua competitividade e suas políticas de responsabilidade ambiental.
“Da forma que andam as coisas, o transporte marítimo está propenso a evoluir mais rapidamente que os demais setores. Esta evolução tende a ser desigual e, uma vez que 2030 não está tão longe assim, acreditamos que a Indústria Naval será transformada significativamente até lá”, comentou Tom Boardley, Diretor Marítimo da Lloyd’s Register.
Fonte: Rodrigo Cintra, Portal Marítimo