Todos os oficiais e eletricistas mercantes sabem que o nosso mercado de trabalho no offshore é extremamente importante para nós e que temos dificuldades de negociação com as empresas do setor já faz anos. Inclusive, recentemente, tivemos de fazer uma paralisação para obter um Acordo Coletivo de Trabalho digno. No momento, estamos diante de uma intransigência das empresas, tentando reduzir a massa salarial, reduzindo percentualmente a reposição, não nos oferecendo sequer a inflação do período.
É curioso que fizemos uma consulta recentemente e um terço dos nossos representados e representadas, apesar de ser uma quantidade pequena, entendeu ser apropriado, conveniente, celebrar o Acordo do modo como foi recebido das empresas. Ou seja, esse grupo aceitou a proposta oferecida pelas empresas. Eu quero me dirigir especialmente a esse um terço para esclarecer que não há motivos para aceitar a proposta de Acordo das empresas. Os contratos existentes estão intocados, em pleno vigor. Os novos contratos, se há empresas que se dispuseram a reduzir valor de seus contratos, isso teria de ser discutido conosco, negociado conosco, nós teríamos de conhecer essa mudança de contrato, se aceitável ou não aceitável.
Os contratos de serviços dessas empresas continuam gerando lucros em valores muito elevados. Agora, em nome de uma crise que não chegou da forma como nos vendem no setor de marinha mercante, na cabotagem, mas no offshore também, não se justifica que venham a reduzir o nosso poder aquisitivo num setor que no momento continua ampliando os seus números de produção. Os investimentos não foram ampliados, mas a produção continua em expansão.
Meus companheiros, em relação a essas consultas sobre propostas indecentes que nos chegam, o Sindicato espera que todos, TODOS, efetivamente acompanhem juntos o entendimento de que não podemos ter prejuízos. Vocês precisam apoiar claramente o entendimento do seu Sindicato. E não se esqueçam: Unidade e Luta. Juntos somos mais fortes!
Severino Almeida Filho
Presidente do SINDMAR