17 de junho de 2020, por John Snyder
Enquanto o preço do petróleo Brent dobrou desde meados de abril, atingindo US$ 40 por barril, a atividade de perfuração offshore global ficou relativamente estável na semana 25 de 2020, com plataformas auto-eleváveis (jackup) e unidades flutuantes sendo reduzidas em uma por semana.
Globalmente, existem 333 plataformas auto-eleváveis e 113 unidades flutuantes contratadas – semi-submersíveis, navios-sonda e plataformas móveis de perfuração offshore.
Durante a semana, os analistas de energia do Westwood Global Energy Group relataram que as empresas de petróleo da América Latina contrataram 24 unidades flutuantes para atividades de desenvolvimento e exploração em águas profundas.
Um dos mercados mais ativos da América Latina é o Brasil, com 61 plataformas de perfuração offshore no país em vários estados de atividade, reparo ou construção a partir de 1º de junho.
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A empresa de perfuração offshore Transocean possui três de seus navios de perfuração em águas ultraprofundas sob contrato com a empresa petrolífera estatal brasileira Petrobras. O Deepwater Corcovado, com taxa diária de US$ 184 mil, por 20 meses, está contratado até julho de 2021 e o Deepwater Mykonos, com taxa diária de US$ 203 mil, por 19 meses, até maio de 2021. Ambos os navios são capazes de operar em 3.000 m de de água e profundidade de perfuração de 10.600 m.
O Petrobras 10000, capaz de operar em 3.650 m de água e perfurar em profundidades de 11.400 m, garantiu dois contratos interligados (back-to-back) ajudicados com a Petrobras: o primeiro, de março de 2020 a fevereiro de 2021, a US$ 313.000 por dia; e o segundo, de março de 2021 a setembro de 2021, a US$ 322.000 por dia.
Contrato de três anos para a Solstad
A Solstad Offshore anunciou que dois de seus navios AHTS, Far Sagaris e Far Statesman, foram contratados pela Petrobras por três anos para apoiar atividades de exploração e produção na plataforma continental brasileira.
Ambas as embarcações navegarão sob bandeira brasileira e serão equipadas com veículos operados remotamente (ROVs) para operações em até 3.000 m de profundidade no mar. A Solstad disse que o contrato, que começaria em setembro de 2020, teria um valor acima de Nkr 800 milhões (US$ 83,7 milhões), excluindo ROVs. O contrato se segue ao do navio de apoio à construção Far Saga, anunciado em maio.
Em outras atividades offshore de petróleo e gás da América Latina, a Noble Corp informou em seu relatório de atividades de frota que seus navios de perfuração em águas ultraprofundas Noble Tom Madden, Noble Don Taylor e Noble Bob Douglas, na Guiana, foram adicionados a uma estrutura de acordo de habilitação comercial (CEA) com a ExxonMobil para fornecer serviços de perfuração na Bacia da Guiana-Suriname. O Noble Bob Douglas está presente no projeto de desenvolvimento de campo da Fase I de Liza, a primeira descoberta significativa de petróleo na costa da Guiana.
Outros dados para as regiões rastreadas pelo Westwood Global Energy Group em sua ferramenta de inteligência offshore RigLogix estavam relativamente estáveis, com unidades flutuantes contratadas no Mar do Norte diminuindo de 24 para 23 e permanecendo em seis na África Ocidental. Globalmente, as unidades flutuantes ativas caíram de 114 para 113.
Fonte: Riviera