Tripulações mobilizadas pelo ACT 2015 da Petrobras e da Transpetro
Sem garantia dos empregos, SINDMAR recomenda a rejeição das propostas
Como tem sido amplamente divulgado pelo SINDMAR e sindicatos marítimos coirmãos, a última reunião de negociação do ACT 2015, realizada com os representantes da Transpetro e da Petrobras em 17 de fevereiro, foi considerada decepcionante, pois as propostas adicionais apresentadas pelas empresas pouco acrescentaram de novo às anteriores, que foram rejeitadas por 87% dos profissionais que votaram na consulta sobre as mesmas. As propostas atuais estão sob consulta e o prazo para votar contra ou a favor vai até às 12 horas da próxima quarta-feira, dia 2 de março.
Na reunião de 17 de fevereiro, o Presidente do SINDMAR, Severino Almeida Filho, insistiu que é preciso avançar nos pontos que garantem a empregabilidade, pois a situação de desemprego já é uma realidade. Ele exortou os representantes das empresas a compreenderem o momento, lembrando que o que está em pauta é a sobrevivência dos marítimos e marítimas brasileiros no sistema Petrobras. Severino Almeida Filho também criticou a movimentação das empresas no sentido de tentar intimidar seus trabalhadores, pressionando-os a votar a favor das propostas. “Não estamos em busca de conflito e, sim, do consenso. Mas sabemos o que queremos e o que precisamos”, declarou o Presidente do SINDMAR.
Severino Almeida Filho,Presidente do SINDMAR, entre o Diretor de Relações Internacionais eleito, Carlos Augusto Müller (à esq.) e o Segundo Presidente da entidade, José Válido, refuta os argumentos das empresas que tentam justificar porque não atendem as reivindicações que estão em pauta.
Diante da resistência da Transpetro em avançar nas negociações, estendendo aos marítimos a cláusula de garantia de emprego em caso de excedente de pessoal, já oferecida ao quadro de terra, e, também, a implantação do regime de embarque e repouso 1×1, o SINDMAR tem realizado várias reuniões com os marítimos, tendo como objetivo esclarecer dúvidas e explicar a gravidade da situação, que ameaça os postos de trabalho.
Desde o início das negociações visando ao ACT 2015, representantes da diretoria e das 11 delegacias regionais do SINDMAR espalhadas pelo País já promoveram mais de 100 reuniões com os marítimos da Petrobras e da Transpetro, em diferentes portos e a bordo dos navios, intensificando as ações de mobilização das tripulações para que estas se mantenham alertas e unidas neste momento crucial.
Reunião a bordo do André Rebouças. Marítimos querem a cláusula de garantia do emprego e o regime 1×1.
Além de promover a justa isonomia entre os trabalhadores de terra e marítimos, a inclusão desta cláusula é considerada de suma importância para defender os postos de trabalho, já que a possibilidade de venda de ativos da Petrobras se fortalece, trazendo grande apreensão e muitas dúvidas quanto ao futuro da Transpetro.
O SINDMAR e sindicatos marítimos coirmãos também têm defendido firmemente a adesão da Transpetro ao regime de trabalho/repouso 1×1, medida que garantiria maior oferta de emprego aos marítimos, lembrando que a companhia é a única do setor a recusar a sua implementação. A incorporação de navios novos com bandeira nacional, com tripulação 100% brasileira, é outra das principais reivindicações defendidas pelas entidades marítimas.
Na última quarta-feira, 24 de fevereiro, vários marítimos, entre comandantes, oficiais de náutica e de máquina, eletricistas, marinheiros de convés e profissionais de outras categorias se reuniram com diretores do SINDMAR, no Rio de Janeiro, para discutir as propostas apresentadas pelas empresas e os rumos da negociação em curso. A reunião foi conduzida pelo Segundo Presidente do SINDMAR, José Válido Conceição, e pelo Diretor-Procurador da instituição, Marco Aurélio Lucas. Eles ressaltaram que, por todo o País, têm sido massivas a participação e a mobilização das tripulações para que as propostas sejam rejeitadas. As reuniões e visitas aos navios continuam.
José Válido e Marco Aurélio Lucas, o Segundo Presidente e o Diretor-Procurador do SINDMAR, explicam as negociações do ACT aos marítimos, na sede da entidade.
O Presidente do SINDMAR Severino Almeida Filho destaca que cobrar mudanças pressupõe a disposição para participar e lutar e, por isto, alerta para que todos os marítimos se mantenham atentos aos rumos das negociações, com espírito de unidade e luta. “Quanto mais unidos, maior será a nossa força para conquistar um Acordo Coletivo de Trabalho que realmente contemple as nossas principais reivindicações”, frisa ele.
Votar é fácil e o voto é totalmente sigiloso!
Na consulta que está sendo realizada até o meio-dia da próxima quarta-feira, 2 de março, podem votar todos os marítimos do sistema Petrobras, sejam sindicalizados ou não, independentemente da categoria profissional à qual pertencem e se trabalham embarcados ou em terra. Podem votar no local de trabalho, em repouso, férias, afastamento médico, treinamento, recebimento de navio novo ou em qualquer outra situação. O voto é totalmente sigiloso.
Por todo o exposto e levando em conta as dificuldades que se avizinham, os sindicatos marítimos conclamam todos a participarem da consulta e a votarem pela REJEIÇÃO (NÃO) das propostas.
As propostas apresentadas pela Petrobras e pela Transpetro estão disponíveis em http://goo.gl/cdAER8
Marítimo, caso ainda não tenha exercido seu voto, é necessário e indispensável que o faça! E quem já votou, deve estimular seus companheiros a votarem!
A votação deve ser dirigida ao Comando Nacional de Mobilização (CONAMO), exclusivamente por meio do e-mail pessoal, para o endereço conamo@conttmaf.org.br
O e-mail deverá conter os seguintes dados:
NOME COMPLETO______________________________________________
MATRÍCULA___________________________________________________
CATEGORIA____________________________________________________
LOTAÇÃO______________________________________________________
FUNÇÃO QUE OCUPA_____________________________________________
VOTAÇÃO: NÃO ou SIM
(Onde NÃO significa a REJEIÇÃO e SIM significa a aceitação das propostas)
O momento exige união, participação e luta para defender os interesses e direitos dos marítimos brasileiros!
Marítimo, vote NÃO!