O Sindmar se reuniu com a Bram na quarta-feira (26), no Rio de Janeiro, para tratar das condições de trabalho nas embarcações operadas apenas por chefe e subchefe de máquinas, bem como possíveis estratégias que possam resultar na inclusão de um oficial na função de OQM.
Além da necessidade de incluir um oficial de quarto de máquinas nestas embarcações, outros temas foram abordados durante a reunião: a capacitação e o desenvolvimento profissional dos representados do Sindmar empregados pela Bram.
A empresa concordou em construir uma trajetória negociada para a transição da condição atual da tripulação nos PSV que estejam guarnecidos somente por dois maquinistas (CFM e SCM).
O compromisso da empresa é avançar para um nível de tripulação operacional que contemple três oficiais de máquinas a bordo dessas embarcações.
O Sindmar destacou que realizou exaustiva pesquisa sobre o tema desde outubro de 2024, quando ele foi apresentado ao sindicato por oficiais vinculados à Bram Offshore.
No entendimento da entidade sindical, a tripulação não deveria ter menos do que quatro oficiais de náutica e três oficiais de máquinas para operar de forma segura em posicionamento dinâmico.
Desta forma, a empresa atenderia aos requisitos do ASOG DP e da legislação trabalhista. O Sindmar também considera altamente recomendável a presença de um eletricista marítimo (ELT) ou oficial de um eletrotécnico da Marinha Mercante (ETO) nas embarcações com propulsão diesel elétrica.
A representação sindical se colocou à disposição para tentar viabilizar, junto à Marinha do Brasil, os cursos que os marítimos possam necessitar para o ajuste na tripulação desses navios, como o EPOL, CFAQ-ELT e o ACOM-C.
Foram discutidos, ainda, temas como o treinamento de oficiais para uma transição justa marítima em razão da adoção de novos combustíveis à medida que isso se tornar necessário.
A próxima reunião ficou agendada para o mês de abril, em data ainda a ser definida, para melhor detalhamento das ações propostas.