A Knot Management do Brasil demonstra clara intenção de aumentar seus lucros em prejuízo das condições de trabalho dos marítimos que emprega, revelando total incoerência entre os valores que declara em suas políticas corporativas e aquilo que, de fato, pratica.
Na contraproposta de acordo coletivo de trabalho – ACT que enviou ao Sindmar, a empresa popôs a exclusão de nada menos que 22 cláusulas, com alterações substanciais em cláusulas que constam de todos os acordos firmados pelo Sindmar, entre elas, as que regem regime de trabalho, assistência médica, seguro de vida, substituições, dirigente sindical, visita do dirigente sindical, PPP, diferenças decorrentes de ACT e outras.
A proposta econômica da Knot traz condições muito inferiores às praticadas pelas empresas da cabotagem que possuem acordo coletivo de trabalho com o Sindmar, oferecendo valores baixos para as remunerações, o vale-alimentação, a ajuda de custo para embarque/desembarque e as diárias de viagem ao exterior.
Os acordos do setor têm dois anos de vigência e estabelecem a reposição da inflação acrescida de ganho real no segundo ano. A Knot, por sua vez, não propõe qualquer reajuste para o segundo ano e sequer repõe a inflação, o que sinaliza que ela espera que os oficiais e eletricistas aceitem perdas.
O Sindmar enviou ofício à Knot acompanhado da proposta original, informando que não assina acordos com perdas para os seus representados. Os oficiais vinculados à empresa estão em contato com o Sindmar, participando de amplo debate sobre as condições de trabalho e reivindicam que a Knot adote práticas condizentes com a realidade da cabotagem brasileira.
Acesse o ofício enviado à Knot.